Ide e ensinai a todas as nações, (Mt 28.19) ide e pregai por todo mundo, em outros momentos, o ide foi o verbo mais urgente: “ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel”; (Mt 10.6) “Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas” (Mt 22.9) “Ide à cidade a um certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo” (Mt 26.18) “Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos”, (Lc 10.3) mas também “Ide, apresentai-vos no templo e dizei ao povo todas as palavras desta vida”, (At. 5.20) porém a compreensão desse ide está em Lucas 24. 32,45 – 49, pois só havia efeito quando do alto fossem todos revestidos do poder de Deus, porque antes era apenas a grande indagação e paradoxo desse ide: “E eles espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito”, e se nem o seu mestre conheceram, nem mesmo tendo ardido as palavras em seus corações, havia uma grande estrada de ilusões, egoísmo, pretensões e muita fragilidade (Lucas 24.37) pois sabiam que sem o mestre Jesus para curar, expulsar demônios, ressuscitar mortos e transformar adúltera em missionária era algo impossível, por isso os corações estavam perturbados, seus anseios limitados pela busca capitalista de Judas, seus pensamentos recheados das incertezas do manhã, quando não deveriam estar preocupados com o que comer e vestir, mas buscando só o reino, assim parecemos quase estar, como eles, cheios de incertezas e temor.
Ide, sem nenhuma utopia, porque não há utopia em Deus, mas desejo de que toda alma seja salva, que os mortos vivos entre nós se levantem pra cumprir o ide, que a geração de Jezabel, mesmo sem dar ouvidos e distorcendo a Palavra venha reconhecer o amor do Salvador.
Que eu reconheça, Senhor minhas falhas e incertezas, me jogue em suas mãos e receba do teu Espírito Santo poder do alto para assim pronunciar de forma simples e corajosa o teu ide. Que possamos, caros leitores e irmãos, nos desfazer do velho homem que ainda ruge lá dentro, mesmo que, por fora, estejamos transvertidos de santo, desfaçamos das nossas indiferenças com o outro para sermos unânimes, perseverarmos e mostrar ao mundo a diferença entre o justo e o injusto. Sintamos então a dor de quem, já no inferno está, por nossa omissão diária e, sentindo, possamos na igreja e fora dela deixar a religiosidade farisaica de lado para sermos cobertos pelo sangue de Jesus afim de, pela atuação do Espírito Santo em nós, com as suas ferramentas a nós emprestadas, vencer o mal e libertar o povo desse cativeiro cultural e mundano o qual se encontra. Clamemos a Deus por almas como fizeram Jônatas Edwards, João Wesley, Jorge Whitefild, Christmas Evans, Carlos Finney, Carlos Spurgeon e tantos outros anônimos entre nós nos vagões do metrô, nos ônibus lotados, nas ruas em sol ou chuva das pequenas campanhas de evangelização ainda hoje, anônimos nas diversas repartições públicas, faculdades, local de trabalho, Peça a Deus agora, levante – se, tire o fardo que o deixa cego e ide.
O que ganharemos? Se com nossas intenções, apenas galardão aqui mesmo e certamente: “Apartai-vos de mim, vós que praticai a iniqüidade”, mas se transformados pelo Espírito Santo, sendo imitadores de Cristo nessa estrada cheia de pedras no caminho, ganharemos cem vezes tanto e herdaremos a vida eterna. (Mt 19.29)
Até à próxima!
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